Uma equipe de virologistas dos Estados Unidos anunciou o primeiro caso de cura funcional da Aids, envolvendo um menino que nasceu com o HIV transmitido pela mãe.
A única cura total da Aids oficialmente reconhecida ocorreu com o americano Timothy Brown, conhecido como o paciente de Berlim, declarado livre do HIV após realizar um transplante de medula óssea de um doador que apresentava uma mutação genética rara que impede o vírus de penetrar na células ( O transplante visava salvar Brown de uma leucemia).
O menino em questão, que mantém o HIV sob controle, recebeu antirretrovirais menos de 30 horas após seu nascimento. Durante a gestação, a mãe não foi tratada contra a Aids.
As análises mostraram uma redução progressiva da presença viral no sangue dos recém-nascidos, até o vírus se fazer indetectável no 29º dia de tratamento.
O menino foi tratado com antirretrovirais até seus 18 meses de idade, quando o tratamento foi suspenso. Dez meses depois, os exames não detectaram qualquer presença do HIV no sangue.
Os exames realizados posteriormente não revelaram a presença do HIV no sangue do menino.
O desaparecimento do HIV sem tratamento permanente é algo extremamente raro, e observado apenas em 0,5% dos adultos infectados, cujo sistema imunológico impede a reprodução do vírus e o converte em clinicamente indetectável.
Tratamento da Aids inclui até sexo, dizem especialistas
Os especialistas afirmam que o caso pode mudar a atual prática médica, ao revelar o potencial de um tratamento antirretroviral muito cedo, após o nascimento de crianças com altos riscos potenciais.
O primeiro objetivo é, destacam, impedir a transmissão do vírus da mãe para o filho.
Os tratamentos antirretrovirais em mães portadoras do HIV durante a gestação permitem atualmente alcançar esse objetivo em 98% dos casos, destacam os especialistas.
O estudo foi financiado pelos institutos nacionais de saúde e pela Fundação Americana para a Pesquisa da Aids.
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