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11.janeiro.2013

A POLÍTICA DO FILHO ÚNICO CHINÊS

A política do filho único criou uma geração na China de gente menos confiante, mais relutante ao risco e menos empreendedora.

Segundo os autores australianos que divulgaram o estudo na revista Science, realizado com mais de 400 moradores de Pequim que nasceram na época da introdução da política do filho único, poderá ter consequências na economia da China.

"Descobrimos que as pessoas que cresceram como filho único como resultado da política do filho único são significativamente menos confiantes, menos confiáveis, mais relutantes ao risco, menos competitivas, mais pessimistas e menos conscienciosas", explicou o pesquisador da Universidade de Melbourne Nisvan Erkal.

A China introduziu a política do filho único em 1979 para combater o crescimento da população que hoje abrange 1.3 bilhões. O planejamento familiar da segunda potência econômica mundial conseguiu controlar o nascimento de mais de 400 milhões de crianças.

Mas o novo estudo, "Pequenos imperadores: Impactos no comportamento da política do filho único", baseado na pesquisa de Erkal, e acadêmicos da Universidade Nacional Australiana descobriram que o filho único é um grupo diferente.

Os acadêmicos utilizaram uma série de "jogos econômicos", nos quais as pessoas trocavam ou investiam pequenas quantidades de dinheiro, ou tomavam outras decisões econômicas para medir seus níveis de confiabilidade, capacidade de assumir riscos e competitividade. Compararam os que cresciam como filho único com os que tinham irmãos.

"Analisamos outros fatores que podem explicar esta mudança, incluindo a idade dos participantes, o estado civil e a crescente exposição ao capitalismo", disse Erkal, professor associado. "Mas descobrimos que ter nascido antes ou depois da política do filho único explicava nossas observações".

A pesquisadora Lisa Cameron da Universidade de Monash advertiu que estas mudanças no comportamento podem ter consequências econômicas. "Nossa informação mostra que as pessoas nascidas após a política do filho único são menos propensas a realizar atividades de mais alto risco, como o trabalho por conta própria", disse. "Razão pela qual (esta política) pode ter consequências para a China quanto à capacidade empresarial".

Fonte: Revista Science

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