ANTIBIÓTICOS PODEM CURAR DORES CRÔNICAS DAS COSTAS

Um estudo dinamarquês revela que em 40% dos casos, a dor nas costas é causada por uma bactéria, e que o tratamento antibiótico, portanto, iria aliviar a dor.
De acordo com a equipe de cientistas dinamarqueses liderado pelo Dr. Hanne B. Albert, Professor da Universidade do Sul da Dinamarca, que publicou os resultados de sua pesquisa no jornal europeu coluna especializada, 80% dos 162 participantes do estudo - que sofria de dor por mais de seis menos após uma hérnia de disco e a formação de edema ao redor da coluna vertebral - relataram a diminuição da dor após tomarem antibióticos, três vezes por dia durante 100 dias.
"Pacientes que receberam do placebo, não aconteceu nada", relatou o Dr. Albert. Confirmando pesquisas anteriores, onde estudos já tinham ligado casos de dor nas costas crônica à presença de uma infecção bacteriana. A equipe de pesquisa acredita que essa descoberta merece a criação de uma nova categoria de doença, "Modic relacionados a dor lombar". A dor é causada pelas bactérias Propionibacterium acnes presentes dentro do disco intervertebral afetado, disse o Dr. Albert.
Estas bactérias, que normalmente vivem nos folículos pilosos ou gengivas, podem entrar na corrente sanguínea após a escovação dos dentes e, assim, alcançar a unidade danificada, afirma o cientista. Especificamente, os pacientes tratados com antibióticos estavam se saindo melhor depois de um ano: eles tinham menos dor nas costas, menos dor nas pernas e menos dias fora do trabalho, em comparação com os participantes a tomar placebo. Esta terapia não deve ser administrada a pacientes para os quais não tenha sido comprovada a origem infecciosa ou que é alérgico a antibióticos. Ela ainda explica que os pacientes após o tratamento não são mais susceptíveis de desenvolver resistência a antibióticos, porque a infecção ocorre no disco intervertebral, e não é contagiosa. Durante os ensaios clínicos, quatro pacientes parou o tratamento, particularmente devido a efeitos colaterais gastrointestinais. Os pesquisadores concordam que em outros tipos de pacientes se deve efetuar mais estudos a fim de melhor compreender a base científica da doença e seu tratamento.